As aves do Parque Natural do Vale do Guadiana

A avifauna constitui um dos grupos mais visíveis do Parque. As aves de presa criam nas escarpas que ladeiam os cursos de água, como é o caso da águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus) (syn Aquila fasciata), da águia-real (Aquila chrysaetos) e do bufo-real (Bubo bubo), a maior espécie de mocho da Europa. Neste tipo de biótopo ocorre também a cegonha-preta (Ciconia nigra) que, ao contrário da sua parente branca, tem hábitos secretivos, procurando sempre as zonas menos perturbadas para criar.

A observação de grandes aves necrófagas a sobrevoar o vale ocorre com frequência, correspondendo a bandos de grifos (Gyps fulvus). Com menor frequência podem ser observados o Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus) e o Abutre-preto (Aegypius monachus).
Na vila de Mértola ocorre a última colónia urbana e uma das mais importantes a nível nacional, de uma espécie bastante rara e ameaçada – o francelho ou peneireiro-das-torres (Falco naumanni).
Nas zonas de planície, onde se desenvolve a agro-pastorícia em sistema extensivo e de rotações longas de 4 a 5 anos, é ainda possível encontrar aves de estepe como é o caso da abetarda (Otis tarda), a maior ave terrestre voadora da Europa, do sisão (Tetrax tetrax), do cortiçol-de-barriga-negra (Pterocles orientalis), que transporta água para as crias graças às penas da barriga, da calhandra-real (Melanocorypha calandra) ou do alcaravão (Burhinus oedicnemus).
info: Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas

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